Estou a crescer
Devagar,
Calma já lá vou ter
Que pressa de ver o tempo andar!
Que vontade de ver os teus a morrer
Já pensas-te que, o tempo não cessa
E que se alimenta de quem vive depressa
De quem vive a vida sem pensar, a correr
Com tanta pressa que parece querer morrer
O tempo, é aquela besta faminta
Que te rouba aqueles que tu gostas,
Que tu sebes que nunca te vira as costas
E... quando deres por ti já tens trinta
Cais em ti, pensas que mal gozas-te a vida
E que já viste tantos que amas a partir
E reparas que em breve será a tua partida
Olhas para trás, e, lá está ele a querer sorrir
Pois entretanto roubou-te mais uns tantos
Com meio século vês que já não resta nada
Levou-te tudo que amavas, na cama, na estrada
Não tarda e és tu, e de nada servem os prantos
Mas... como é isso possível se mortos não choram
Já tens setenta as doenças estão-te a devorar
Com oitenta, as forças estão quase a acabar
1 comentário:
O tempo,esse escravo das nossas vidas....mas depende de nós deixa-lo controlar a nossa vida..
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